Olá pessoal! Eu estou de volta! \o/ E para ficar.
Passei, aproximadamente, um mês sem dar notícias. Muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo e eu, como todo ser humano, acabei me entregando à elas, deixando outras em segundo plano. O blog foi uma das que acabou ficando para trás e eu peço imensas desculpas por isso.
Malas, viagens, fuso-horário, catapora (sim, peguei catapora com 19 anos de idade)... Foram tantas 'histórias e memórias' até aqui que resolvi trazê-las ao longo da semana, de modo que eu possa, através de palavras e fotografias, levá-los em um passeio.
Por onde começaremos? Pelo dia 16 de fevereiro, dia em que dei o meu último "Até logo, Inglaterra, nos vemos em breve!" e embarquei em um sonho... Senhoras e senhores, naquele dia, embarquei no trem Eurostar, rumo à Paris.
"Bonjour", "Bonsoir", "Parlez-vous anglais?", "Pardon", "S'il vous plaît", "Merci", "Je ne parle pas français", "Bonne jorneé". Meu vocabulário francês não passava (e ainda não passa) disso e, acreditem, ao chegar na estação Gare du Nord às 23h30, quando tudo ao redor estava fechado por conta do horário, isso foi um verdadeiro problema!
"Não se preocupe, todos os franceses sabem falar inglês". Não acreditem nessa expressão! É como dizer que todos os brasileiros sabem falar espanhol.
Às 23h30 lá estava eu e Gare du Nord. Gare du Nord e eu, perdida, desesperada, sem bateria no celular, sem dinheiro em espécie, cartão American Express e passaporte nas mãos, sem saber para onde ir ou o que fazer... É claro que a vida me surpreenderia com alguém oferecendo ajuda! Mas também é óbvio que ela enviaria um alguém totalmente leigo no inglês.
Quando uma coisa ou outra começou a parecer dar certo, descobri que as máquinas de sacar dinheiro não aceitavam a bandeira AmEx. "Como assim? Onde eu vou arrumar dinheiro a essa hora? Como irei para meu hostel?" Quem me conhece sabe o que aconteceu a seguir: comecei a chorar e navegar em meu próprio pranto. "Ne pleure pas", diziam ao meu redor e faziam gestos indicando "Não chore, por favor!" Mas como eu poderia não chorar?
Eis que repentinamente surgiu um homem uniformizado. Vestia um amarelo fluorescente e um sorriso simpático. Não falava inglês, no entanto, fez o possível para ser compreendido. Me guiou até a catraca do metrô, me indicou a direção correta para a estação na qual eu deveria descer para ter acesso ao hostel e, gentilmente, passou seu ticket para desbloquear a catraca. E eu passei. Não sabia ao certo como agradecer. O fiz em todos os idiomas que pude me lembrar naquele instante: "Merci", "Thank you", "Obrigada", "Grazie"... E partimos, cada um para seu respectivo destino.
A expressão que cabe perfeitamente à situação foi aprendida na Inglaterra: "What a jorney!" Mas, graças a Deus, cheguei ao meu destino e pude, enfim, respirar aliviada. Seguindo cada uma das instruções fornecidas por e-mail, consegui encontrar facilmente o hostel (Bastille Hostel, localizado próximo à Place de la Bastille) e, ali pertinho, encontrei também uma máquina de sacar dinheiro. Ufa! Um suspiro, um sorriso, lágrimas de emoção e de cansaço. Dinheiro na mão, check-in, elevador (para a minha alegria), banho, cama confortável e quentinha. Adormeci como criança e sonhei com o mundo. E esse foi apenas o começo...
O que vem depois? São outras histórias e memórias que deixarei para contar amanhã.
Beijinhos ♥♥♥
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